O que prende você?

 

Não era dado à leitura, mas fazia leitura corporal como ninguém. Se a preguiça o dominava e o deixava inerte? Quase sempre. Tampouco sabia do que era capaz,  mas via nele uma enorme capacidade de amar. A si próprio e aos outros. Ainda assim, as palavras não o fisgavam, com exceção de algumas poucas.

Ela sempre fora acomodada. Muitas vezes não se aguentava, saía por aí se escorando nas pessoas. Assim transferia seu próprio peso para os outros.

E não foi diferente com ele. Teve que levar o pacote todo pois meio não podia. E dentro dele o que havia? Um mundo à parte, um ser tão complexo, que, a cada momento incorporava um novo personagem. Se podia colocar mais lenha na fogueira não hesitava em fazê-lo. Mas não fazia por mal. Era movida pela adrenalina, aquilo a fazia se sentir mais viva.

A rotina lhes furtara sorrateiramente a graça e a beleza do desconhecido e do imprevisível. Então, ela mesma fazia as vezes: num mesmo dia era capaz de abrir um lindo sorriso e ser a pessoa mais doce do mundo, mas rapidamente a sirene tocava e o tsunami passava.

Porém, algo sutil os unia: uma intensa vontade de evoluir enquanto seres humanos. Sempre que podiam, mergulhavam e divagavam os dois sobre um mesmo tópico: qual o sentido da vida? Desconfiavam de que havia algo mais, algo além das baladinhas de final de semana, das cervejas com os amigos, das reuniões em família… Não que isso não fosse bom. Só que não era tudo. Tinham uma sede de não-sei-o-quê.

Filosofia? Não. Aquelas palavras de Nietche, Aristóteles, se tornaram insuficientes, pobres.  Apesar de seu legado inquestionável o que um morto poderia ensinar sobre a vida?

Lembro-me como se fosse ontem. Fomos a um Satsang (“Encontro com a Verdade”), como era chamado. Aquele nome havia me deixado intrigada, afinal o que seria a tal “Verdade”? Existiria apenas uma só verdade? Enfim, fomos até lá conferir…

Chegamos ao local e nos sentamos em umas almofadas. O salão estava cheio. Ambiente agradável, acolhedor. Estávamos esperando por um mestre espiritual. Nunca tinha topado com um antes.

Chega o mestre, senta-se lá na frente em uma poltrona e nos lança um olhar desconcertante. Não sabia dizer ao certo se era bom ou ruim só sei que era provocador. Digamos que incomodava, até certo ponto. Tirava-nos da nossa zona de conforto. No início percebi um ar de arrogância , mas depois…ah, depois…as coisas nunca mais voltariam a ser as mesmas para mim.

Não era um ritual, tampouco ensinava técnicas ou métodos para se atingir um estado de paz e bem-aventurança. Quando percebi que nada seria ensinado ali, minha mente já interferiu: “Dinheiro jogado fora”!, pensei. Mas o fato é que, depois deste pensamento, comecei a ficar muito à vontade ali e estar com aquela pessoa nos trazia uma serenidade inigualável.

Sabe, tudo que te tira um pouco da sua zona de conforto  traz uma certa insegurança, medo. Medo de perder algo em que você acredita talvez, medo de arruinar todo o seu sistema de crenças que você construiu com tanta dedicação ao longo do tempo, de fazer você pensar, agir, viver de forma diferente do que te foi ensinado desde pequeno. Medo de sair do “script’ socialmente aceitável.

Parece irônico, mas diga para alguém que seus problemas acabaram ou, que simplesmente não há problemas, e veja como esta pessoa fica totalmente perdida, sem rumo, quase que sem um senso de identidade. Logo, arruma um jeito de colocar outro no lugar.  Louco isso, né? Reclamar da vida se tornou um vício…

A sociedade, ultimamente, anda assim, presa. A conceitos, pré- conceitos, crenças…problemas. Tudo é um cavalo de batalha. Como ouço diariamente frases prontas como: A vida não é fácil ou Mato um leão por dia e mais tantas outras que são repetidas como um disco furado sem a pessoa nem sequer se dar conta. Ou se dá, não sabe trocar o disco.

Meu amigo, minha amiga, se você está matando um leão, um tigre ou sei lá que outro animal por dia dê-se conta de que algo não vai bem porque só o fato de você ter que “matar” alguma coisa dia a dia já denota que você sofre. E dependendo do porte do animal, sofre muito…e, mais cedo ou mais tarde, vai começar a cheirar mal, se é que você me entende.

Ficamos apavorados quando alguém age de forma incomum, fora da equação da nossa mente. Do que esperamos. E, quando o medo nos governa,  nos deparamos com um cenário sombrio de raiva, ódio, sofrimento. Quando deixamos que o medo nos controle o mundo se torna hostil e feio.

Aquele encontro fora revelador: aquela pessoa estava ali a fim de esclarecer um equívoco. Afinal, quem você pensa que é?  Quem é esse “você” que habita esse corpo, sem forma, sem características, sem um papel a desempenhar?

Se você se dá conta de que vai além do funcionamento corpo-mente estamos nos entendendo e fico feliz por estarmos nesse caminho juntos! Não é à toa que chegou até aqui…

Essa é a verdadeira liberdade, a derradeira Verdade.

Estamos aqui justamente para destronar sua mente e libertar seu coração.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

O que ocorre quando nossas emoções ficam guardadas no corpo

A importância de estarmos conectados com nosso corpo e de como podemos usá-lo para nos livrarmos de emoções indesejáveis.

TERAPIAS ENERGÉTICAS

Nunca é tarde demais para prestarmos atenção nas emoções não expressadas que arquivamos no corpo, que se manifestam através de dores, desconforto e tensões.
Quando olhamos para a linguagem que usamos para falar das nossas reações emocionais, normalmente existe uma sensação física associada a elas:   um caroço na garganta, borboletas no estômago, falta de ar, o peso do mundo nos ombros.
Isso não é mera coincidência. Essas reações viscerais são mensagens do nosso corpo.
Chamamos de “conexão entre mente e corpo”.
Essas reações são associadas com o uso da mente – através de pensamentos positivos – para ajudar a melhorar o estado geral do corpo, sua imunidade e provocar sensação de bem estar.
Embora usar a mente para atingir o corpo seja extremamente útil e preciso, não podemos ignorar que nosso corpo pode também ser uma forma de acessar e tratar nossas emoções mais escondidas.
A maioria de nós…

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Menos é mais

Quem já não ouviu a popular : “Menos, é mais?!” Pois é, me peguei aqui com meus botões e comecei a refletir sobre o significado disso.

Na sociedade capitalista atual a palavra “menos” dificilmente se encaixa em algum lugar. Não consigo enxergar onde ela tem vez diante de um sistema econômico tão voraz em que o consumo é a pedra de toque, literalmente a alma do negócio. Então, “mais” é quem dita as regras por aqui. Queremos sempre ter mais dinheiro para conseguir comprar mais roupas, viajar mais, sermos mais bem-sucedidos e por aí vai…  Há, também quem faça listas intermináveis endereçadas a Deus, esperando que ele traga tudo isso, em troca de “se tornar um ser humano melhor” ou de ter feito alguma boa ação do dia, já ouvi de tudo…

A ideia (equivocada!) de que se tivermos mais dinheiro ou uma casa ampla com vista para o mar em alguma das ilhas das Bahamas preencherá algum tipo de vazio não passa de uma lorota que te contaram tempos atrás e você resolveu acreditar, sem piscar. Até certo ponto compreendo, pois cada vez que ligamos a TV ou folheamos uma revista a lavagem cerebral já está lá, pronta pra fazer mais uma vítima, se você topar, é claro. Apesar de, ainda me deixar iludir, às vezes, por algumas dessas crendices, por assim dizer, isso deixou de fazer sentido, para mim, já há algum tempo.

O fato é que todas as vezes que realizei projetos que eu considerava importantes, ou alguns nem tanto –  já nascia, automaticamente, em mim um desejo em realizar o próximo.  “Qual a meta agora, Fernanda? Ainda há muito a ser feito…” , pensava. E óbvio, não haveria nada de errado com isso, não fosse a voz sussurrando incessantemente no meu ouvido “ainda não está bom” ou ” vá em busca de mais alguma coisa porque ainda não é suficiente”. Com o tempo, comecei a notar que o fato de desejar mais e impor mais metas na minha vida não iriam contribuir ou tornaria mais fácil a conquista da minha felicidade.  Definitivamente, não me sentiria mais plena por isso.

Demorou, mas de certa forma, a ficha caiu. O fato é que comecei a notar que as circunstâncias da vida não passam de variáveis, que ora podem estar boas, ora ruins, assim como o clima que ora está ensolarado, ora está chuvoso. E eu não poderia mais deixar que um céu nublado ou até uma tempestade me arrebatasse daquela maneira. Além disso, por que  mesmo que eu deveria me deixar abalar tanto por estas mudanças circunstanciais  já que momentos bons e ruins, felizes e tristes fazem deste todo maior chamado vida? Por que não começar a me entregar para o momento presente  e tentar aceitar estas oscilações como ondas no mar ao invés de resistir a elas a todo instante?

Voltando um pouco para o “menos” da nossa história… esse sim agrega valor!  Não é algo negativo como você pode pensar, mas é, na minha opinião, onde você deveria colocar a sua atenção neste momento, sob pena de tornar sua felicidade algo inatingível. E ela não é uma meta, tampouco inatingível. Ela esta aí, diante do seu nariz, mas de tão perto, você não a enxerga.  Dance, ria alto, solte-se e abrace as infinitas possibilidades deste momento! Certamente você estará mais próxima dessa tal “felicidade” que te venderam como um pacote completo, mas que na realidade nada mais é que cada momento vivido plena e intensamente. Quando você volta a sua atenção para os pequenos gestos do dia-a-dia, como um sorriso, um abraço, uma gentileza –  ou mesmo aquela frase que você ouve quando está passando por uma crise braba: ” vai dar tudo certo, você vai ver” – você, de fato, acaba achando mais graça neste mundo doido e é daí que vai brotando uma certa gratidão por simplesmente estar aqui e vivo! E tudo isso está disponível aí para você, agora, mas você, muitas vezes ou ignora ou faz vista grossa.

Faça um favor a si mesma: não saia por aí comprando mais uma ideia do que você precisa ter ou, ainda, do que você precisa se tornar para ser feliz. A simplicidade, é certamente, algo que nunca tentaram te vender. É óbvia demais. Está aí na sua cara e você não se dá conta.  Não tem preço, mas tem um valor imensurável. Saia em busca do “menos”, do que é essencial em você e desfrute da condição de ser – porque ter, todo mundo pode ter, agora ser não é pra qualquer um… Livre-se dos rótulos e apenas seja!

7 passos para uma vida mais equilibrada

A pergunta que não quer calar é: quem é você? Você é seu corpo, sua mente ? Ou algo além disso?

Não estou interessada em saber sobre o seu currículo ou sobre o que você fez no verão passado. O que importa aqui é descobrir quem é você neste momento. Apenas saiba que você não é algo estático, que pode ser definido em poucas ou muitas palavras. Há algo muito além disso: você é vida, algo dinâmico e não um amontoado de coisas que você vem acumulando.

A nossa meta aqui é compreender que cada minuto da sua vida pode sim, ser vivido de uma nova maneira. E, de certa forma, é um alívio saber que estarmos conscientes disso pode nos ajudar a romper certos padrões de comportamento que nos prejudicam. E pensamento se materializa em ações, certo?

Para que haja esse tipo de transformação é preciso ter uma visão holística, ou seja,  a de que você é um conjunto, uma síntese de vários componentes chamados mente, corpo e espírito. Eles são partes de um todo que representa você.

Partindo dessa ideia, aí vão dicas de alguns passos que podem te ajudar a alcançar uma vida mais equilibrada e, consequentemente, mais feliz:

#1. Exercite-se

A prática regular de exercícios físicos tem ligação direta com o bem-estar e traz inúmeros benefícios para o nosso organismo, pois aumenta os níveis de produção de substâncias químicas no cérebro como a serotonina e a dopamina. Veja qual atividade física desperta mais seus interesse e vá em frente!

#2. Alimente-se bem

A alimentação equilibrada, contendo todos os nutrientes, é fundamental para manter o corpo saudável. Os alimentos se relacionam diretamente com a qualidade de vida, melhorando o estresse, humor e a disposição física. Dica: Opte pelos alimentos mais leves como carnes magras, verduras, legumes e frutas que facilitam a digestão e você não ficará com aquela sensação de estar “estufada”.  Outra dica são os “grãos do momento”, como a linhaça, o amaranto e chia, que dentre suas propriedades possuem proteína que turbina a formação de massa muscular e gorduras boas que previnem doenças cardiovasculares. Tente aderí-los ao seu cardápio diário.

#3. Esteja presente

“Estar presente” significa estar por inteiro naquilo que você estiver fazendo. Já notou que quando estamos realizando alguma atividade frequentemente nos pegamos pensando em outra coisa ou simplesmente não estamos ali? Essa sensação de divisão gera uma espécie de conflito interno que muitas vezes te traz ansiedade e angústia. Entregue-se ao momento presente. Sugiro aqui um livro que, sem dúvida nenhuma, pode te ajudar a entender um pouco mais sobre esse conceito: Poder do Agora ( Eckhart Tolle – Editora Sextante).

#4. Medite

A meditação talvez seja a mais poderosa ferramenta nessa sua busca por uma vida mais equilibrada. O passo #3  também se aplica aqui, pois ao meditar, você, necessariamente, deve estar presente.  Há mais de 30 anos a Medicina estuda os benefícios dessa prática milenar, seja para prevenir doenças, seja para tratá-las ou mesmo servir de atalho para a cura. Além de ensinar nosso organismo a gastar menos energia e dar um breque no efeito dominó do estresse, a meditação nos ajuda a raciocinar melhor. Segundo pesquisadores, a prática também aumenta a atividade na região frontal do cérebro, responsável pela concentração, abstração e atenção.

 

 

#5. Não julgue 

Julgar é estar constantemente avaliando as situações como certas ou erradas, boas ou más. Se você está a todo momento avaliando, analisando, rotulando isso cria muita turbulência no seu interior e não há espaço para paz e sossego. Tente comprometer-se no dia de hoje em dar a si próprio e aos outros a liberdade de ser o que é.

#6. Doe-se

É simples: se você quer alegria, dê alegria aos outros. Se deseja amor, aprenda a dar amor. Se procura atenção, aprenda a ofertá-la. Afinal, dar e receber são faces da mesma moeda e a vida é um fluxo constante de energia na qual o que você dá, mais cedo ou mais tarde retorna a você. Não espere receber carinho e atenção se você não é capaz de compartilhar isso com alguém.

#7. Pratique a aceitação

Sim, passamos por momentos difíceis em nossas vidas. É que temos a errônea pretensão de querer controlar tudo e sabemos que o Universo tem seu propósito. Portanto, tenha em mente que aceitar uma situação que nos deixa tristes faz parte do processo de estar vivo e ela também não durará para sempre. Há momentos que nos trazem um certo aprendizado, mas, muitas vezes, só compreendemos isso depois que a tempestade se foi. Seja grato por estar aqui e ter a chance de tornar sua vida algo mais prazeroso!


 

Alguns sites:

– Vídeo que ensina uma técnica simples de meditação: https://www.youtube.com/watch?v=YpbFOhDsUSw.

– Osho ( mestre espiritual) , possui mais de 100 técnicas de meditação. Veja qual você se adapta melhor: visite o site http://www.osho.com/pt/meditate.

 

 

 

 

 

 

 

 

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Novos rumos

 

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Os acontecimentos são transitórios. VOCÊ não. Investigue se você é quem imprime alegria e contentamento aos acontecimentos da sua vida ou se são eles que trazem a felicidade até você. Será mesmo que você necessita que algo aconteça para se sentir mais pleno? Não se engane, uma vez que você realize o tal “sonho” seja ele qual for, precisará de outro para pôr no lugar. Procure pelo que fica e não pelo que vem e vai.

Para essa investigação se concretizar um dos caminhos é a meditação. E isso não tem nada a ver com ser budista, andar com roupas exóticas ou ter peregrinado pelo Oriente. Nada disso. Apenas uma prática que você introduz na sua vida e que pode te trazer inúmeros benefícios.

Ela nada mais é que você praticar o “estar no presente”, neste momento aqui e agora. E, inevitavelmente, para que isso aconteça é necessário um pouco de silêncio.

O que compartilho aqui são apenas experiências pessoais. Não há verdades absolutas. Você experimenta, gosta, e pronto, já aderiu. Se não, larga. Simples assim. Não tem mistério.

Para começar, experimente sentar-se e fechar seus olhos onde se sentir confortável. Tente respirar de modo natural, sem esforço. Recomendo um lugar tranquilo para que você não tenha muitas distrações. Deixe os pensamentos virem. Não tente afastá-los ou “brigar” com eles. Se fizer isso dará mais combustível a eles. Simplesmente não dê atenção. Relaxe. Para quem nunca tentou e quer começar a meditar recomendo que comece se comprometendo com 2 minutos por dia. Marque o tempo com um relógio.

Algo que aprendi entre leituras, conversas e palestras em que estive presente é que existem inúmeras técnicas, mas a meditação em si, é única. É um estado do ser. Portanto, seja qual for a técnica que você escolher estará no caminho certo, um caminho que, quem sabe, possa te render ótimos frutos.

Boa sorte!

 

Aos macacos, as bananas.

macaco

 

Juro que me dá até pena dos coitados dos macacos, de como são sempre comparados com os humanos. Eles, querendo apenas viver e se reproduzir. Nós, vivendo para nos sobressair a todo custo em nossa sociedade, nem que para isso tenhamos que denegrir a imagem do próximo.

Vamos colocar dessa maneira: deixem os macacos fora disso. O preconceito é histórico. E imagino que tenha surgido no momento em que alguém se sentiu inseguro sobre si mesmo ou se viu ameaçado de alguma maneira e começou a julgar o outro simplesmente por ser diferente ou por ser partidário de outras formas de pensar, ideologias, opiniões, pela cor de sua pele.

O episódio que ocorreu com o famoso jogador de futebol acontece todos os dias em escala menor, diariamente. Todo mundo certamente já presenciou ou ficou sabendo de algum ato racista e sabe como é abominável este tipo de atitude, quiçá aqueles que já sofreram com ele. Aqui chamo a sua atenção não para a campanha feita pelos atores “globais” apoiando a atitude de Daniel Alves – apesar de ter a minha opinião formada sobre isso -,  mas para os aspecto humano por trás do preconceito no geral. O que leva algumas pessoas a agirem dessa forma?

Me parece que a insatisfação consigo próprio, com a incapacidade ao lidar com certas emoções que surgem dentro de si faz com que alguém se veja compelido a “atacar” o outro com palavras, gestos ou até se valendo da força física. É aquela velha história: se todos estão felizes por que fazer o mal para o outro? Qual a necessidade disso? Nenhuma.

Proponho a você que tente se conhecer melhor, avaliando quais são suas fraquezas para, assim, tentar encontrar uma forma de lidar melhor com elas. Não se engane: você não vai fazer isso um dia da sua vida, é um exercício diário. Se as pessoas procurassem lidar com suas emoções de uma maneira franca e direta talvez não refletiriam suas frustrações em outras pessoas. Olhe para si e investigue o que você tem projetado no outro. Essa é uma responsabilidade sua e de mais ninguém.

Por que tanta pressa?

Das duas, uma: ou você está indo ou está vindo, já reparou? Você raramente para! Por que raios você não pode parar um pouco?

Sei que o dia-a-dia- o seu, o meu, o nosso – é atribulado, cheio de tarefas e na maioria das vezes temos que tomar decisões rápidas. Mal dá tempo de pensar. Sei disso. Mas se faz necessário uma pausa em algum momento para que você “recarregue” a bateria. Às vezes, basta uns poucos minutos de quietude.

Parar é fundamental para que você observe o que está acontecendo ao seu redor, para se dar conta do que vai no seu interior e, assim, ser capaz de tomar decisões mais conscientes.

Todos estamos em busca de uma sentimento de plenitude. É isso o que as pessoas buscam: sentir-se mais plenas. Cada um busca isso em um lugar diferente: uns buscam no casamento, outros tendo filhos, outros viajando solitários. Mas o que precisamos nos dar conta é que todos esses eventos são circunstâncias. Elas passam. Simples assim. E você? Você vai ou fica? Reflita um pouco. Não raro condicionamos nossa felicidade a eventos que aparecem e desaparecem. Sim, pode até durar, não é esse o ponto. Quero apenas dizer que o seu bem-estar independe de circunstâncias da sua vida simplesmente porque nenhuma delas é eterna, são transitórias. No momento em que soube disso percebi que toda aquela segurança que eu buscava nas circunstâncias da minha vida: estudo, trabalho, namoro, amigos era ilusória e que a única responsável pelo meu bem-estar era eu mesma.

As pessoas costumam dizer “Ah! Quando eu casar, aí sim serei realizada. Ou “Quando tirar férias e viajar vou conseguir relaxar.”  É inegável que isso pode acontecer, de fato, mas o problema é que isso é um buraco sem fim. Digo isso porque você sempre está condicionando seu bem-estar, sua felicidade a um evento futuro. Nunca está TOTALMENTE  bom, sempre há uma coisa fora do lugar, uma lacuna, por assim dizer.” Ah, tá bom, mas quando eu mudar de emprego, quando for promovida, quando conhecer “o cara” …(rs). Como eu disse, a lista de desejos não termina nunca. O negócio vai longe.

A grande sacada é você viver no agora, viver esse momento plenamente! É isso que você tem …então entregue-se. A vida sempre está no presente porque o passado e o futuro são só ideias, o que flui mesmo é sempre o aqui e agora. Se você olha pra trás e pensa isso já é uma ideia, e, diga-se de passagem- uma interpretação do que ocorreu la atrás  e, o mesmo acontece com o futuro,-  são apenas pensamentos, ideias. Ter em mente que a única coisa que você tem é o presente já finca seus pés no chão e isso, sim, tem um poder transformador incrível.

Mova-se para onde o vento está te levando. Parece difícil ou impraticável? Experimente!  Solte-se e veja se não é mais fácil ir nessa direção. Você também pode tentar ir contra ela, provar por todos os meios que você consegue aquilo a todo custo,  mas observe se não é mais penoso fazer isso.

Quer começar a academia, o regime ou qualquer outra coisa que possa te fazer bem, faça, mas se não o fizer, aceite isso e viva este momento. Não se culpe por não cumprir tudo o que você havia planejado, permita-se relaxar um pouco até no “não fazer nada”, afinal de contas é tão bom, não é?!

 

 

REcomeçando

Olá a todos!

Primeiramente devo dizer que é uma alegria criar um espaço que posso chamar de meu. Um lugar em que posso me expressar inteiramente e que posso me fazer ouvida.

Já parou pra pensar em como somos literalmente “bombardeados” de informações por todos os lados desde o momento em que saímos de casa?! Ruídos de todos os tipos e intensidades possíveis no trânsito, alarmes de carro, sirenes de ambulância, etc. É uma barulheira sem fim. Ufa! Só de falar nisso já me sinto exausta.

A proposta aqui é: Pare por um minuto! Pare agora mesmo, nesse instante ou em algum que você puder e RESpire fundo. Preste atenção à sua respiração. Simples, não?

Pois é, mas muitas vezes estamos envoltos a tantos problemas, questões, dúvidas que esquecemos que AGORA seria um momento propício para você RESpirar, REnovar, REciclar alguns padrões de comportamento que você já está farto ou, com o perdão da palavra, “de saco cheio” e que te levam a um lugar que você não quer mais estar. Dá um vontade repentina dar um grito beeem alto nessas horas, não dá?

Bom, vamos lá, explico onde quero chegar: sou advogada de formação, atualmente estudo para concursos públicos, mas de uns tempos pra cá iniciei uma busca intensa pelo autoconhecimento, incluindo leituras sobre o tema, encontros com mestres espirituais e por aí vai…Uma conclusão que cheguei após muitas leituras e experiências relacionados ao assunto é que a tão almeijada felicidade é algo que está ali a todo tempo, acessível a cada minuto de sua vida e você tem acesso a ela. Confesso que quando me dei conta disso senti um alívio em saber que talvez essa tal felicidade, essa paz interior estivesse mais próxima do que eu imaginava.

Muitas vezes estamos tão condicionados a nos comportarmos desta ou daquela maneira que quase vivemos “no automático”, sem nos darmos conta do que de fato estamos fazendo naquele instante. Por vezes, surgem algumas perguntas do tipo: “O que é que estou fazendo aqui mesmo?” ou “o que é que eu estava procurando mesmo”?

Por mais difícil que possa parecer, tente aceitar este momento presente exatamente como ele se apresenta a você. Tal como ele é. Com isso, não pretendo que você concorde com ele, mas que aceite que ele está acontecendo agora, sem “brigar” com ele. A partir daí faça o que tiver que fazer. Mas comece por aí. E a respiração é uma poderosa ferramenta para te trazer para este momento.

Investigue se você é quem cria o seu próprio bem-estar ou se fatores externos ou circunstâncias na sua suda vida é que fazem isso por você.

Se dê uma pausa para sair desse turbilhão de ruídos do seu dia-a-dia. Preste atenção à sua respiração por 1 ou 2 minutos e entre nesse espaço que só cabe você e mais ninguém. O seu espaço interior. Aquilo que já é seu e você se esquece todos os dias…aquilo que pode levar você para um lugar desconhecido. Entregue-se!

Talvez o caminho seja inverso: olhar “para dentro” em vez de sempre esperar por algum acontecimento extraordinário que te levará a este estado sublime chamado “felicidade”.